Virtvs investe em riffs pesados e letras ácidas contra o sistema do atual governo

VIRTVS lançou recentemente o seu primeiro disco em todas as plataformas de streamings pelo selo latino americano Electric Funeral Records.

Com influências do punk dos anos noventa, uma pitada de crítica social e com melodias viscerais, a banda apresenta ao cenário nacional o velho e bom rock n roll que dominou as casas undergrounds do início dos anos noventa até início da década de dois mil. O disco, de nome homônimo da banda, traz na sua essência músicas que trazem de volta o caos musical e comportamental que faz do punk/hardcore muito mais que um estilo musical, um estilo de vida.

A VIRTVS surgiu em 2019, e tem suas influências ligadas ao punk rock hardcore dos anos 90, passando pelo rock alternativo e pós-punk. Formada por Juan Lima (Guitarra e Voz), Luiz André (Baixo e Voz), Guga Rock Salles (Guitarra e Voz) e Rafael Coelho (Bateria), a banda aborda em suas composições assuntos como violência contra mulheres, transtorno depressivo, política e amores, tudo bem colocado como uma forma de crítica ou enaltecendo sempre as dúvidas que norteiam os pensamentos humanos.

Confira a entrevista cedida com a banda sobre sua trajetória, processo de composição e gravação, influências musicais, entre outras curiosidades.

De onde surgiu o nome “Virtvs”?

A ideia do nome vem do latim, VIRTVS significa poder. O rock n roll tem como principal característica o poder de subverter a ordem, o que o torna mágico e cada vez mais sedutor.

Como se deu o surgimento da banda?

A ideia da banda surgiu meio que sem querer. Em fevereiro de 2019, eu (Juan) entrei em estúdio com a ideia de gravar músicas da minha antiga banda punk, a Smile. Seriam umas 10 canções, todas gravadas por mim apenas, tocando todos os instrumentos. Quando comentei com André (atual baixista da banda), que iria iniciar esse projeto, ele se dispôs a gravar os baixos e ajudar no que fosse possível. Sete meses depois, tínhamos em mãos um CD gravado com 12 canções, mas sem saber o que fazer com ele. Foi quando o produtor do CD deu a ideia de fazer uma banda, daí em diante, é a nossa recente história.

A banda acaba de lançar disco pelo selo Electric Funeral Records. Como foi o processo de composição e gravação desse material?

O processo de gravação se deu em apenas três canções, as três compostas pelo guitarrista e vocalista, Juan Lima. As demais, foram canções de mais de vinte anos que ganharam uma nova roupagem.

O disco lançado foi muito bem recebido no Brasil pelos sites de música especializada. Como a banda está vendo esse feedback tão positivo do material lançado?

Com imensa alegria. Somos uma banda de rock com fortes influências do punk anos 80/90, com letras fortes e riffs estridentes. Sabemos que a música mudou muito neste novo século, o rock n roll andou pelo mainstream e virou pop, o que passou uma impressão do rock ter morrido. Mas, bandas como a VIRTVS, é a prova de que o rock n roll não morre nunca, sempre haverá uma banda underground chutando o pau da barraca e levando o rock ao seu lugar de verdade, que é o de incomodar as estruturas do mercado.

Suas músicas demonstram intensidade e entrega por parte da banda. Existe alguma composição que seja mais especial para vocês?

A música que abre o CD (O circo), é a mais visceral da banda, riffs pesados e letra ácida contra o sistema de governo atual. Banda de rock que se preze, deve sempre ser oposição a todo e qualquer sistema, sempre alerta.

Quais as bandas e fontes artísticas que inspiram o som da banda?

Pergunta bem difícil: Nossa formação passa pelo punk/hardocore. Mais estilos como: Indie, metal, ska, rock clássico, pós-punk, new wave, progressivo, fazem muito a cabeça de todos da banda.

Como vocês estão lidando com a pandemia de covid 19? Que tipo de interação a banda está tendo com o público nesse momento de quarentena?

Fizemos um planejamento de lançamento de material neste momento, fizemos recentemente gravação de dois videoclipes (já lançados nas plataformas digitais), fizemos fotos promocionais para divulgação, além de participações em programas de rádios Web. Também mantemos a interação com nosso público através do Instagram, principal rede social hoje da banda.

Podemos esperar clipe ou material inédito em breve?

A ideia é gravar mais um Lyric Vídeo agora em abril, para manter a banda viva na memória de quem nos segue, gerando interação e preparando o cenário para quando tudo voltar ao normal e voltarmos aos palcos de Recife e região.

FONTE: Collapse Agency

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