SLASH – Vivo Rio, RJ (06/04/2011)
Slash na guitarra, ex-Guns N’ Roses. Myles Kennedy no vocal, atual Alter Bridge. Foi difícil segurar a emoção. Vai ser difícil ser imparcial nessa resenha. Que dupla… Os fãs (de todas as idades praticamente, viu-se de crianças até senhores cuja cabeleira branca já os identificava) chegaram bem cedo, na noite de 6 de abril de 2011, para prestigionar um dos grandes artistas ainda na atualidade, Saul Hudson, o gente finíssima, Slash (que foi só elogios para a cidade!).
Os shows foram extremamente pontuais, tanto o da banda de abertura, a paulistana Tempestt (que também não fez feio), quanto o da atração principal. Pouco depois das 21h, o palco se escureceu, e ao seu fundo, uma grande bandeira, com o símbolo da turnê We’re all gonna die (o mesmo desenho que ilustra a capa do álbum de estréia do guitarrista, o auto-entitulado Slash) foi exposta, fazendo o público vibrar.
Foi quando então, exatamente às 21h30min, sem quaisquer atrasos, a banda entrou no palco, abrindo o show ao som de “Ghost”. Confesso que eu fiquei alguns segundos sem reação. Dois dos meus ídolos estavam ali, tocando, e eu estava bem perto deles. Foi demais ver Myles se divertindo quando, com menos de três músicas de show, recebeu uma bandeira do Brasil e amarrou-a no seu pedestal. Estou eufórico até agora, rs!!!
Como era de se esperar, o show em suas quase 2 horas de duração, mesclou um pouco de tudo da carreira do guitarrista: a Slash’s Snakepit, o Velvet Revolver, e é claro, o Guns N’ Roses. Já tive o prazer de ver Axl Rose (outro artista que, apesar dos pesares, sim, eu também idolatro) na Praça da Apoteose, em 2010. Conclui que, no quesito “direto da fonte”, uma coisa é se ouvir os grandes clássicos do Guns na voz do Axl. Outra, é ouvir o Slash tocando a introdução de “Sweet child o’mine”. Indescritível, único.
Myles Kennedy também foi um show à parte. Slash não exagerou quando disse que “não via outro artista melhor para assumir os vocais”. Seu timbre ficou perfeito, dando uma certa ‘identidade’ para essas versões (me entendam, não ficou uma ‘cópia de Axl Rose’, e também não ficou uma coisa ‘meio Alter Bridge’, onde, por motivos óbvios, o cara tem mais liberdade). Fora isso, correu de um lado para o outro, interagiu BASTANTE com o público presente (por vezes quase caindo, de tanto que tentava cumprimentar o máximo de fãs na platéia possível) e até se assustou quando teve seu nome gritado, rs! – Sim, ele roubou a cena! Completaram a banda o baixista Todd Kerns (excelente também), o guitarrista Bobby Schnek (meio apagado) e o baterista Brent Fitz (ex-Alice Cooper).
Além de “Ghost”, destaco também as performances de “Rocket queen”, “Civil war” (ressalto: Myles cantando Guns ficou EXCELENTE, mas em “Patience” confesso que senti falta do assobio do Axl, rs!), as parcerias próprias da dupla, “Back from Cali” e “Starlight”, Myles dando uma de Fergie em “Beautiful Dangerous” (curiosamente também ficou boa, rs!), “We’re all gonna die” (com Todd no vocal) & “Slither”, além de uma das marcas registradas do Slash: o tema de O Poderoso Chefão! Noite épica, histórica… Um dos meus melhores shows.
Set list:
– “Ghost”
– “Mean bone” (Slash´s Snakepit)
– “Sucker train blues” (Velvet Revolver)
– “Been there lately” (Slash´s Snakepit)
– “Nightrain” (Guns N´Roses)
– “Rocket queen” (Guns N´Roses)
– “Civil war” (Guns N´Roses)
– “Back from Cali”
– “Starlight”
– “Nothing to say”
– “Beautiful Dangerous”
– “We’re All Gonna Die”
– “Jizz Da Pit” (Slash’s Snakepit)
– “Just Like Anything” (Slash’s Snakepit)
– “My Michelle” (Guns N´Roses)
– “Patience” (Guns N´Roses)
– Solo de guitarra/Godfather
– “Sweet child o’ mine” (Guns N´Roses)
– “Slither” (Velvet Revolver)
Bis:
– “By the sword”
– “Mr.Brownstone” (Guns N´Roses)
– “Paradise city” (Guns N´Roses)
Texto: Victor Vieira
Fotos: Leonardo Emanoel