SCORPIONS – Sting In The Tail, 2010

Quando este album foi anunciado como o último da banda alemã, muitos fãs ficaram tristes pois o Scorpions faz parte da vida de muita gente desde antes de nascer. Como é o meu caso. Os mais de 35 anos de estrada já haviam sido celebrados em ocasiões anteriores como o “Moment Of Glory” e os shows com os ex-membros Uli John Roth e Michael Schenker, mas a tampa tinha que ser fechada de modo digno. E com “Sting In The Tail” é o que ocorre!

Logo na 1° música “Raised On Rock” é um petardo de unica qualidade, com Matthias Jabs e Rudolf Schenker fazendo os riffs que todos nós aprendemos a escutar durante os anos, e a voz de Klaus Meine que não envelheceu sequer 1 segundo durante todos esses anos nos fazem admirar muito mais a banda.

A segunda música que dá o titulo ao album é outro arrasa quarteirão , com James Kottak mostrando uma segurança nas baquetas de fazer inveja a muito baterista iniciante . Novamente o trio Meine/Schenker e Jabs que sempre foram a alma do Scorpions se destacam de forma surpreendente se lembrarmos que todos já estão batendo os 60! A seguinte “Slave Me” segue o mesmo formato.

A 1° musica de trabalho deste disco é “The Good Die Young” com a participação de Tarja Turunen (Ex-Nightwish) nos backing vocals , perfeitos diga-se de passagem . É aquele tipo de balada mais acelerada como “Winds Of Change” que faz sucesso nas FM Adultas até hoje, mas com mais vigor e mais pegada do que a canção citada.

“No Limit” mostra de novo a pegada mostruosa de James Kottak , que substuiu Herman Rarebell com muito mais técnica desde 1997 , fazendo lembrar bateristas mais lendários como Cozy Powell , e Klaus Meine novamente fazendo nos lembrar por que a sua banda faz o sucesso que faz há tanto tempo.

“Rock Zone” a música que tem o nome do nosso querido site faz jus a tudo ! Outro rockaço de arena de fazer qualquer público se agitar ! De longe a minha favorita do album todo . Logo após outra balada só que desta vez uma mais caracteristica do Scorpions mais pop, mas este equilibrio entre rocks agitados e baladas vigorosas sempre foi a característica do grupo alemão, e “Lorelai” segue este padrão a risca.

Outro míssil em “Turn You On” seguindo o padrão das agitadas anteriores com Jabs e Schenker mostrando o habitual entrosamento e em “Sly” um quase plágio , ao inicio da canção é claro que todos vão perceber a semelhança entre “Still Loving You”, e ao longo da música veremos que ela se diferencia do clássico por pouquissimas caracteristicas, mas é isso que é uma balada do Scorpions , então esse deslize passa diante de tanta força neste album de despedida.

“Spirit Of Rock” e “The Best Is Yet To Come” fecham o disco com aquela dualidade entre o rockaço (“Spirit…”) e a baladaça de cantar de olhos fechados (“The Best Is…”). O resultado final é um classico absoluto e de longe um dos melhores discos de 2010 , o que se lamenta que este seja o canto do cisne de uma banda tão competente e com tantos fãs ainda hoje!

Autor: Rafael Moura

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