Rock Progressivo: Uma Viagem Psicodélica Sonora

O Rock N’ Roll dos anos 60 e 70 nunca parou no tempo. Isso qualquer fã pode concordar facilmente. Mas houve um tipo de rock, um estilo, uma corrente, uma linhagem, uma influência, seja lá como você quiser chamá-lo, que tomou um rumo diferente e bastante ousado, separando-se, mas não tanto, de seus demais irmãos.

A partir daquela época, a importância da guitarra foi aumentando exponencialmente nas festas e eventos sociais, e novas bandas surgiram com sons experimentais, bem técnicos e deliciosamente orquestrados. A cada novo álbum, o estilo sofria pequenas variações, como se grandes e habilidosos ferreiros esquentassem as chapas de metal e batessem com força para modelar o som e deixá-lo cada vez melhor. Assim, graças a um olhar futurista de algumas dessas bandas e artistas fenomenais, nasceu o que seria um dos estilos mais inteligentes, técnicos e profundos do mundo: o Rock Progressivo.

Naqueles instantes cruciais os jovens não queriam saber de imitar ou fazer igual. Era cada um com o seu som, conquistando o seu espaço e mostrando sua infinita criatividade. E essa infinidade de novas sonoridades não paravam de chegar aos ouvidos daquela geração.

Esta variação do rock surgiu teoricamente de uma ideia psicodélica de viagem, mas na verdade e na prática nasceu de algumas experimentações. Mas, cá pra nós, não é nenhum mistério dizer que a música clássica e o jazz tradicional foram a base e o alicerce para o desenvolvimento da vertente progressiva. Quem gosta e é estudioso da história de tal gênero vai notar, sem sombra de dúvidas, toda a estrutura clássica e jazzista, com harmonias e arranjos complexos nas composições de músicos e bandas famosas.

Os pioneiros neste tipo de som foram Pink Floyd e Frank Zappa. E como na música erudita os modelos de suítes também começaram a fazer parte, principalmente, das longas canções. Nunca poderíamos imaginar que o nosso bom e velho rock and roll poderia ser pensado como uma peça dividida em atos e com histórias complexas. Alguns escreveram sobre temas centrais como: política, guerra, ficção cientifica e tal, e muitos discos foram consagrados como verdadeiras obras-primas. Contudo, a grande inovação eram os instrumentais e a introdução de flautas, violoncelo, bandolim, dentre outros instrumentos, que incrementavam as canções, às vezes, com intermináveis riffs e levadas de 20 minutos ou até mesmo peças de mais de uma hora de duração.

Além de Pink Floyd e Frank Zappa, podemos citar também Yes, Emerson, Lake & Palmer, Jethro Tull, Rush, como as mais notáveis. Todo rockeiro conhece pelo menos uma banda de rock progressivo ou já foi influenciado por alguma. No começo, muitos podem achar “meio chato”, virtuoso demais, mas com o tempo aprende a apreciar mais uma entre tantas maravilhas sonoras que o rock já proporcionou. E vocês, qual sua banda preferida de rock progressivo? Qual foi a primeira que conheceu? O que você teria a dizer sobre o estilo?

Clique AQUI para ouvir uma playlist e ficar mais por dentro do estilo.

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