OZZY OSBOURNE – Scream, 2010

Após mudanças de formação na banda, e 3 anos sem lançar nada inédito, o “príncipe das trevas” volta com um disco coeso, cheio de vontade de mostrar quem é que manda no heavy metal atual. Logo nas primeiras canções, os novos músicos querem mostrar a que vieram, pois substituir nomes como Zakk Wylde e Mike Bordin, é prova de fogo para qualquer um!

O novo guitarrista Gus G (Ex-Firewind), o novo batera Tommy Clufetos (Ex-Rob Zombie) se juntam ao baixista Rob “Blasko” Nicholson e a Adam Wakeman (Teclados),filho de quem todo mundo já sabe,se não sabem o tecladista em questão é filho de Rick Wakeman (Ex-Yes).

Os efeitos na 1ª música “Let It Die” chegam a assustar fãs de longa data, como eu, mas logo na próxima “Let Me Hear You Scream” é o velho Ozzy jogando pra galera como todo mundo diz. A faixa que originalmente daria nome ao album ,“Soul Sucker” mostra uma vitalidade e um peso que fazia tempo que velho Ozzy não mostrava desde o “Ozzmosis” .

É claro que para os mais puristas, saudosos de Randy Rhoads, ou quem sabe até Jake E. Lee, nenhum guitarrista será bom o suficiente, mas Gus G. não compromete e tem seu destaque nas faixas mais “acústicas” se é que se pode chamar como “Life Won’t Wait” e “Diggin’ Me Down”.

Nas partes mais “elétricas” o guitarrista grego também surpreende de forma positiva como “Crucify” (Não confundir com “Crucify The Dead” presente no disco de Slash lançado este ano) e “Fearless”. O estilo de Gus G. é mais direto ao ponto que Zakk e, talvez, fosse isso que Ozzy precisasse para uma renovação no seu som, mas sem desagradar os fãs mais antigos.

As cordas de “Time” somado ao dedilhado de Rob “Blasko” no baixo, e Adam Wakeman comandando a cozinha, tornam esta quase balada macabra um achado. Poderia estar em álbuns antigos como “No More Tears” facilmente.

O peso “mastodôntico” de “I Want It More” e “Latimer’s Mercy” deixam um claro desejo fazer este álbum com guitarras altas com riffs mais pesados do que os que Zakk Wylde fazia. A desnecessária “I Love You All” encerra o álbum.

No final, o resultado é de um disco de qualidade que Ozzy estava nos devendo já há algum tempo, e melhor sem baladas a lá “Dreamer” de “Down To Earth” de 2001, que fazia qualquer fã de longa data duvidar ainda da capacidade do velho. “Scream” é a prova da vitalidade de um nome de tanta história dentro do Rock.

Autor: Rafael Moura

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