“Esse Deus Nunca Existiu”: o maníaco sadista que está no poder vira inspiração para música

Em contraponto as manifestações bizarras que aconteceram no dia 7 de Setembro (não temos outra palavra para algo pró-presidente, diante de tudo que vimos em 2020 e 2021), Flávio Guarnieri, conhecido por fazer história em bandas como Vespas Mandarinas e Sugar Kane, revelou em suas redes sociais o título e um trecho de sua próxima faixa a ser lançada “Esse Deus Nunca Existiu”, com o pseudônimo de “O Camarada Ordinário”. Ouça aqui.

O riff voltado para o bluegrass e a linha vocal acelerada do punk, se fundem, numa letra feita praticamente como um desabafo diante de tudo que vemos nos noticiários. Em meio a CPI de covid, tentativa de caixa 2 com dinheiro que deveria ser adquirido as vacinas, ou diante de todo o negacionismo, discursos de ódio e propagação de fake news. Diante de tudo isso que vemos e ficamos indignados, começa a faixa com “Um Mito maldito, lídimo anticristo / maníaco sadista / um tirano neofascista” e mantém trazendo alguns dos melhores adjetivos que podemos ter para certamente um dos piores nomes que já comandaram o país (neste caso, o presidente mais não-presidente da história), como “Indigesto, inimigo do progresso…”.

Mas além desses adjetivos, falasse um pouco sobre o tipo de gente que o segue e que, se após tudo isso, ainda o defende, não tem como proteger: “A besta doutrina um discurso moralista / Com falsas notícias, intragáveis mentiras”.

Sobre isso, o próprio compositor comentou que apesar da faixa estar explícita a quem está no poder, ela também cabe a quem o segue, compartilha dos seus ideais e são reflexos dos seus pensamentos e atitudes. Mas a inspiração não para só nele, pode seguir para o ex-presidente norte-americano, a cultura do cancelamento e o ocorrido com George Floyd no ano passado, época da composição da faixa e tudo que passamos principalmente em 2020 durante a pandemia, diante de uma inspiração lírica em que Flávio Guarnieri definiu como uma das letras mais fáceis de ter composto, principalmente por tudo que está e muitas vezes segue entalado na garganta de diversos brasileiros lúcidos.

Como achavam que alguém que não fez nada em 28 anos, ia fazer em quatro, eu não sei. Mas tudo que ele é estava presente em entrevistas e bate-papo televisivo: “Machista, racista, fanático extremista, autocrata regressista” segue a letra, que ainda completa talvez a maior característica de cada um dos que levam o seu sobrenome “um verme parasita”.

Trazendo um título metafórico, ele pode se encaixar para muitas coisas dentro do que vivemos, seja em questões religiosas, fanatismo, o mito em volta do “mito”… Coisas que já ouvimos sobre “o seu Deus não é o mesmo que o meu”, além de questões da letra que podem falar sobre o “Deus que nunca existiu” ser o que esperavam de quem está lá, ou até mesmo sobre as coisas ditas em nome dele e não ser de fato o que a religião pregaria, por exemplo.

FONTE: Assessoria do Artista

Inscrever
Notificação de
guest

0 Comentários
Sugestões
Veja todos os comentários