Entrevista com Riq Ferris, da DRINK FROM HELL

1 – Vocês montaram um grupo de excelentes músicos. Algum de vocês possui projetos paralelos à banda? Quais?

Obrigado. Sim, quando começamos a banda, praticamente todos já tinham outros projetos. Eu tenho o “New Id”, Jonas o “The House of Crows”, Reinaldo o “Poeira Atômica”, entre outros. Acho fundamental para que cada um desenvolva suas influências, que toque outras vertentes de Rock/Metal que não tenham a ver diretamente com o “Drink from Hell”. Você acaba adquirindo algo a mais como músico e não misturando as coisas.

2 – Como funciona o processo de composição? Quem são os membros mais atuantes?

Na verdade, os três. Geralmente eu tenho a idéia da melodia já com uma base harmônica, nem sempre com uma letra já definida. Mostro a eles. Reinaldo faz os arranjos e o Jonas dá uns retoques. Nós nos encontramos, tocamos a música e depois disso a fechamos. Dentro do Heavy metal, temos influências parecidas, então fica fácil de complementar a idéia do outro. Esse processo varia. Nossa primeira música veio de um Riff que o Jonas trouxe, e a última que fechamos, foi algo que o Reinaldo fez. Eu pus a melodia, e o Jonas fez a letra. O que não existe na banda, é alguém fazer tudo e os outros só tocarem. Se não tiver um pouco de cada um ali, não se chamará “Drink from Hell”.

3 – Vocês estão trabalhando no primeiro projeto autoral. Qual será o nome do álbum e para quando podemos esperá-lo?

Pra ser bem sincero, o nome será a última coisa a ser definida (risos).Temos muitas idéias, mas ainda não pintou “AQUELE” nome. Eu diria agosto ou setembro, pois precisamos de um tempo para montar um bom show. Eu odeio a idéia de lançar o álbum e depois esperar mais 3, 4 meses até o show do lançamento… Vamos lançá-lo no palco. Como a grande maioria das bandas deveria fazer, mas isso já é outra história (risos).

4 – Quais são as maiores influências da banda?

Judas Priest, Manowar, Mercyful Fate, Accept, Black Sabbath, Dio… Resumindo: O bom, velho e imbatível Heavy Metal!

5 – Vocês fazem parte do underground carioca e já devem ter passado por muitas coisas. Qual o conselho que dão para bandas que estejam começando agora?

Em primeiro lugar: SEJA UMA BANDA! O processo se inverteu… Os garotos gravam álbuns mirabolantes, tiram fotos profissionais, se bobear fazem até vídeo clipe. Ficam esperando em suas casas qual a próxima banda “gringa” que vai vir ao país, para que eles abram o show (se tiverem a grana necessária). O cenário existe. Não tem a melhor estrutura do mundo, mas existe. Quer ser de verdade? Dê “a cara à tapa”! Se você tiver talento, eles vão te seguir, ou então você pode continuar ai no seu quarto jogando “Guitar Hero” mesmo ou fingindo que é de verdade pelo fato de o seu site ter um milhão de acessos (risos). Suba no palco e dê seu recado, simples assim.

6 – Qual tem sido a maior dificuldade enfrentada nessa jornada?

A maior dificuldade é encontrar pessoas que entendam que você é um músico pelo que faz no palco, e não em cinco ou seis shows, mas em anos fazendo isso. Já participei de projetos em que ouvi que show era a coisa menos importante a se fazer… (risos). Aí você compõe, ensaia, grava, divulga e quando faz o show, não tem o resultado esperado. No “Drink”, isso não existe, tenho dois caras que pensam como eu em relação a TODO o processo, por isso as pessoas nos param e perguntam: “Vocês vão tocar quando? E o cd?? Vocês ainda tem camisa da banda pra vender?” E isso sem a menor máquina de fazer marketing ao nosso lado. É puro resultado dos palcos.

7 – Inicialmente, lembro-me que vocês subiam no palco com duas mulheres que faziam performances. Porque desistiram da idéia?

No primeiro show da banda, queriam dar uma pausa para que duas “strippers” se apresentassem, pois elas faziam parte da festa. Eu disse que se elas fossem dançar naquela hora, que dançassem no palco com a banda tocando. Elas dançaram durante duas músicas, foi muito divertido. Fizemos isso mais duas vezes. Não era uma obrigação tê-las ali, mas também não víamos nada de errado. O show do Drink é uma celebração de tudo o que mais gostamos, e mulher, certamente é uma dessas coisas (risos). Começaram a dizer que estávamos fazendo aquilo para “atrair público”. Demos um grande FODA-SE e iríamos continuar, mas um dia acabou não rolando e não pensamos mais na idéia, justamente por não ser nada programado. Quem sabe um dia elas voltem (risos).

8 – Visto que falta pouco para o lançamento do álbum, vocês provavelmente terão que começar a se preocupar com a questão da pirataria. Qual a sua opinião sobre o tema?

Nós teremos nossos CDs a venda nos shows. Investimos do próprio bolso para gravar num estúdio de verdade e não no “quarto do Zezinho” e seu PC de última geração. Não temos nenhum tipo de padrinho, investidor, ajuda da mamãe, ou coisa do tipo. Se as pessoas quiserem copiá-lo ao invés de comprar, ou baixar as mp3’s, enfim… Contanto que elas estejam nos shows conosco, isso realmente não me preocupa. Se quiserem ganhar dinheiro vendendo nosso cd, isso não será feito com a ajuda de nossos fãs. Esses vão preferir valorizar nosso trabalho, que é de verdade.

9 – Valeu, pessoal. Foi um prazer entrevistar vocês! Mandem uma mensagem pra galera que acompanha o site!

O “Drink from Hell” é que tem que agradecer pela oportunidade e parabenizar toda a equipe do Rock Zone pela coragem de correr atrás e montar um site sério e muito profissional, totalmente dedicado ao Rock n’ Roll. Vocês estão de parabéns! Galera, acessem o site, prestigiem as bandas, compareçam aos eventos! Em breve o “Drink from Hell” estará lançando o primeiro álbum e voltando aos palcos… Se você ama tanto o Heavy Metal como nós, fique ligado, você não vai se arrepender! Aos amigos, fãs, colaboradores da banda… Vocês fazem parte disso, nos veremos em breve.

HELL!!!

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