Entrevista com a TUFF

Stevie Rachelle e Todd “Chase” Chaisson foram super gentis em receber-me em seu quarto de hotel em São Paulo para me dar essa entrevista exclusiva sobre o passado, presente e o futuro da banda, um dia antes de seu show em São Paulo. Fui eu quem os comunicou sobre a morte de Jani Lani (ex-vocalista da banda Warrant). Eu entrevistei Stevie e Todd separadamente, o que faz essa leitura ainda mais interessante!

RockZone: O que você pode dizer sobre a época inicial da banda? Do que você se lembra, as coisas boas, as coisas ruins…

Stevie: Bem. A época inicial do TUFF foi, na verdade, antes de eu estar na banda, pois Jorge (De Saint, guitarrista) e Todd (Chase, baixo), formaram a banda, enquanto eu ainda estava no colegial. Eu estava terminando o colegial em 1984 / 1985 e, nessa época, eu ainda estava em Wisconsin tocando com a minha banda. Eles tiveram alguns vocalistas e se mudaram de Phoenix para Los Angeles, Califórnia, e foi quando Jim Gillette (depois vocalista da banda Nitro) estava na banda. E ele fez, se minha memória está correta, provavelmente melhor que a do Todd, quatro shows com eles. Acho que o show do Troubador, o show do Gazarri’s, o show do Country Club (todos clubes importantes de Hollywood na época), e talvez mais um. Daí Jimmy quis sair e montar seu próprio projeto, seguir carreira solo, e eles começaram a procurar um cantor. Então eles estavam colocando anúncios, procurando por um vocalista, na primavera de 1987, tipo maio ou junho, e nessa época eu estava , na verdade, fazendo o último show da minha outra banda, pois nós estávamos nos separando também. Eu tive acesso à esse flyer que dizia “procura-se vocalista – estilo David Lee Roth / Vince Neil / Bret Michaels”, e eram exatamente as bandas que eu gostava quando eu ainda estava em Wisconsin, e todos me comparavam à David Lee Roth e Vince Neil. E nessa época, essa banda nova chamada Poison tinha acabado de surgir, e todos diziam “hey, Stevie parece o vocalista do Poison”. Eu ainda não tinha ouvido falar deles, e quando tive essa oportunidade de saber que o TUFF procurava um cantor, eu pensei “essa é a banda perfeita para mim”. Eu vi as fotos deles, eles se vestiam como eu, eles gostavam das bandas que eu gostava, eles também gostavam de Cheap Trick, Billy Idol, Van Halen, e eu também adorava essas bandas. Então eu basicamente decidi ir de avião para L.A. com uma passagem só de ida, cinco dias depois de ter visto o flyer. E me mudei para lá, com experanças de encontra-los para um teste. Daí, uma semana depois de ir para Los Angeles, uns dois dias depois, eu os contatei, eles entraram em contato de volta e disseram “nós queremos conhece-lo”. Eles foram até onde eu estava, nós trocamos demos, falamos sobre o que eles gostavam, sobre o que eu gostava, sobre o tipo de direção eu estava querendo seguir, e eles disseram, “OK, vamos fazer um ensaio, aprenda essas músicas” e, mais ou menos uma semana depois, eu ensaiei com eles, mas eles não me deram a vaga depois do primeiro teste, eles fizeram dois testes comigo. E depois do segundo teste, eles disseram que queriam fazer uma reunião no estacionamento, e eu fiquei no estúdio de ensaios sozinho. Quando eles voltaram, acho que foi Todd que disse “queremos que você seja o nosso cara da iluminação”. Ele estava brincando, eu disse “O que?”… “Não, nós queremos que você seja o nosso vocalista!”, e eu disse, “OK, legal!”, e aí Michael (Lean, baterista) era meio que o empresário da banda, e ele agendou o nosso primeiro show, que seria tocar com o Warrant no Roxy, e hoje soubemos que Jani Lani acabou de morrer, descanse em paz, Jani… mas esse foi o primeiro show do TUFF comigo, Warrant com o TUFF como banda de abertura no Roxy, em agosto de 1987. E uma vez fazendo esse show, tudo começou! E nós de repente nos tornamos muito populares… o Warrant era a maior banda, sem dúvidas, em Hollywood. E o plano era tentar tocar na frente de outras bandas populares, saca, roubar seu público, tipo, impressionar seus fãs para que dissessem “Uau, que banda é essa? Nós também gostamos do TUFF!”. Então o plano era tocar com qualquer banda que fosse grande, e tentar estar na frente de seus fãs e impressiona-los, e pouco a pouco acho que foi isso o que aconteceu com o TUFF.

RockZone: OK, daí vocês foram contratados por um selo grande e lançaram “What Comes Around Goes Around”… fale também um pouco sobre a saída do baixista Todd Chase… 

Stevie: Bem, nós fomos contratados no verão de 1990, exatamente três anos depois. Nós lançamos o disco na primavera de 91 e fizemos uma turnê que abrangia todas as regiões dos Estados Unidos. Nós fomos para a Inglaterra, e nessa época, era um período estranho para a música em geral, pois no outono de 1991 surgiram o Nirvana e o Pearl Jam, o Alice In Chains já estava na ativa por mais ou menos um ano, e muitas coisas no mundo da música estava mudando – para o Grunge. E também o Metallica tinha acabado de se tornar realmente grande. Eles já eram uma banda grande, mas o “Disco preto” se tornara gigantesco! O Metallica não era tão “trash” nesse disco, mas eles eram essa banda trash underground que tinha se tornado a maior banda do mundo, apenas atrás do Guns N’ Roses… e Todd gostava de música mais pesada, e Jorge também. E, antes disso, na verdade, tanto os interesses musicais de Todd e de Jorge eram por música mais pesada. Eles tinham amigos, eles cresceram com Jason Newsted do Flotsam & Jetsam (que acabou se tornando o baixista do Metallica), o irmão do Todd estava no Keel, seu outro irmão estava tocando com o Badlands, e depois conseguiu esse lance com o Ozzy Osbourne… Todd e Jorge gostavam originalmente de bandas mais metal… na verdade, eu também. Eu fui exposto ao Judas Priest antes de ser exposto ao Ratt, por exemplo. Então, nessa época, em 1991, tudo o que envolvia o Glam em geral já estava muito saturado. Todo cantor tinha cabelos loiros, cada cara usava botas de cowboy, todos cantavam músicas de amor, ou músicas de festa, e nós éramos uma dessas bandas, e chegou um ponto em que ninguém mais ligava. E Todd foi o primeiro a dizer “eu não quero mais fazer isso. Eu não quero mais tingir o meu cabelo, não quero mais usar hairspray. Simplesmente não quero mais fazer esse tipo de música. Nós estávamos evoluindo, mas Todd estava se tornando cada vez mais ausente. Ele estava realmente curtindo Pantera, Suicidal Tendencies, Megadeth, bandas realmente pesadas! Nós estávamos tentando manter o som do TUFF, que era Pop Rock, uma banda de Hard Rock. E nessa época, Todd e eu brigávamos mais do que todos. De todos na banda, éramos Todd e eu que não nos dávamos bem, e teve uma vez que tivemos um desentendimento em Denver, Salt Lake, onde chegamos ao ponto de nos pegarmos pelas jaquetas… nada violento, mas já estava se tornando algo um pouco físico… e no final da turnê, todos nós quisemos dar um tempo para os feriados de dezembro de 1991, e era tipo “nós temos feitos muitos shows, vamos apenas relaxar um pouco. Deixemos os feriados passar e então decidimos o que acontecerá no início do ano, e Todd tomou a decisão de não ficar mais na banda. Michael e Jorge queriam continuar com todos na banda… mas foi principalmente por minha causa que ele preferiu não continuar, então ele saiu.

RockZone: OK, você mencionou o movimento grunge, você o culpou pela extinção das bandas glam em geral, dos anos 80 e 90, exceto as que eram realmente grandes. Foi por isso que vocês decidiram mudar um pouco quando lançaram os álbuns “Fist First” e “Religious Fix”? 

Stevie: Bem, não acho que fiz um esforço consciente para o TUFF assumir a postura “hey, Trixter e Danger Danger não são mais populares, agora vamos ser mais como o Skid Row ou Stone Temple Pilots”, não era o que estávamos pensando. Só estávamos fazendo o que gostávamos, saca? Quero dizer, até quando surgiu o Ugly Kid Joe… lembro-me de ouvir a banda e pensar “Hey, isso é bom!”. Eles tinham boas melodias, guitarras pesadas, não usavam calças apertadas, simplesmente faziam boa música. Até o Skid Row. Eles tinham um som muito pesado, tinham algumas baladas, que eram power ballads e músicas de amor, e Sebastian tinha cabelos longos, lápis nos olhos, e parecia bonito nas fotos, mas porque eram mais pesados e ele tinha essa voz impressionante, eles tiveram uma aceitação um pouco maior do público da época… então quando “Fist First” e “Religious Fix” foram lançados, não foi como tivéssemos decidido um dia “hey, não vamos mais der como o Poison, vamos ser como o Metallica”, não foi o que aconteceu. Foi algo que mudou gradualmente. Na época que “What Comes Around Goes Around” foi lançado in 1991, nós já havíamos evoluído de nossas raízes glam… para todos que já viram a banda, até nessa época, nós éramos mais pesados que o Poison e que o Warrant e que o Danger Danger, nós éramos uma banda mais pesada. Mas a principal exposição que as pessoas tinham era com as nossas fotos. Elas diziam “Oh, olhe para eles com seus cabelos com hairspray e usando maquiagem”, e uma de nossas maiores músicas foi uma power ballad, como Bon Jovi, mas muitas outras músicas no disco eram mais pesadas – “Good Guys Wear Black”, “Spit Like This”, essas eram músicas mais metal…

RockZone: Eram mesmo… 

Stevie: Então, quando fizemos “Fist First” e “Religious Fix”, era mais o nosso lado metal, e menos do nosso lado pop… eu amo os dois discos, mas não foi uma mudança consciente. Nós apenas estávamos fazendo o que todos estavam, evoluindo. O Bang Tango evoluiu, O Wildside evoluiu… muitas bandas meio que progrediram, nós ficamos um pouco mais pesados… até o Skid Row. De “I Remember You” e “18 & Life” para “Slave To The Grind” e “Monkey Business”, eram uma banda muito mais pesada, saca?

RockZone: Fale sobre seus projetos solo quando o TUFF nao estava na ativa… 

Stevie: Bem, depois que o TUFF deu um tempo, eu decide lancer dois discos solo. O primeiro se chama “Who The Hell Am I?”, e foi lançado em 1998, acho que há 13 anos atrás. Ele é um álbum que tem muita coisa do estilo “vocalista e compositor”. Eu fui comparado com Tom Petty, John Cougar, Bryan Adams, e essas músicas significavam algo para mim, elas eram mais leves, mais acústicas, mais orgânicas. Para os fãs do TUFF e das bandas glam em geral, eles diziam “O que é isso? Eu não gosto desse disco!”, mas para mim… eu adoro esse álbum.

RockZone: É realmente bom…

Stevie: Sim, tem ótimas histórias nele. Tem uma música sobre o meu avô, uma sobre o meu cachorro, só coisas legais! O segundo disco solo que fiz era um pouco mais pesado, um pouco mais rock. Gilby Clarke produziu algumas faixas e tocou guitarra, Brian Tichy tocou bateria em algumas faixas… era um disco mais rock, e foi lançado em 2000, e bem nessa época, na virada do milênio, foi quando decidi reformar o TUFF, e a idéia inicial foi no outono de 2000. Eu iria reformular a banda e chama-la de TUFF 2000. Se minha memória está correta, eu contatei Michael e falei com ele sobre isso, e também falei com Jorge, e Todd e eu nos comunicávamos um pouco durante os anos, nos cumprimentávamos de vez em quando ou saiamos para jantar, mas ele estava muito envolvido com o seu próprio projeto, e não tinha interesse em uma reunião. Então eu basicamente recrutei outros caras e escrevi essa idéia chamada “The American Hair Band” (paródia de “American Bad Ass”, de Kid Rock, com o instrumental da música “Sad But True”, do Metallica), e lançamos um disco com essa música. E isso meio que colocou o TUFF diante dos olhos das pessoas novamente, quando essa música se tornou bem popular. Esse foi o retorno do TUFF.

RockZone: Há alguma possibilidade dos membros originais da banda voltarem a fazer parte da banda?

Stevie: Bem, nós adorariamos! Sabe, e eu digo “nós”, Todd e eu, eu acho que até Michael gostaria da idéia, mas ele é um empresário muito bem sucedido, ele tem três restaurantes, e sua responsabilidade diária de controlar três negócios com dúzias e dúzias de empregados… É muito trabalho! Para fazer um show do TUFF, mesmo um ou dois shows, seriam precisos ensaios e dedicar-se a isso. E para o Michael, não parece possível. Jorge está, pelo que sabemos, na Flórida, talvez tocando com alguns amigos, trabalhando, não estou certo. Ele não fez nada que tenhamos

visto no YouTube ou facebook, ou qualquer entrevista , e ele mora lá há 15 anos, então por ele morar na Flórida, tão distante de nós, seria muito difícil, mas se o momento for certo, eu sei que eu faria a reunião, e sei que Todd também.

RockZone: Fale sobre o futuro…

Stevie: bem, eu acho que ire m frente musicalmente para mim é uma combinação de coisas. Eu gosto de tocar com o TUFF, nós não fazemos isso todo o tempo… eu tenho filhos, tenho outras coisas para fazer como o site www.metalsludge.tv , tenho alguns outros projetos… sou o empresário da banda Vains Of Jenna da Suécia, então a minha energia é usada em diferentes áreas. Sobre o futuro para o TUFF em geral, posso te dizer agora que Todd e eu estamos trabalhando novamente em “What Comes Around Goes Around”, uma regravação do disco de estréia, como uma celebração de seu aniversário de 20 anos. Mas não iremos regravar todo o álbum, apenas metade dele, serão 5 músicas do disco original, e algumas músicas selecionadas que eram populares no set entre 1989 e 1990, mas que nunca foram gravadas para o primeiro disco, e que são músicas bem legais. Posso dizer que uma das faixas é “What Comes Around Goes Around”, a faixa título, que deu nome ao álbum, mas não entrou nele. O guitarrista que tocou no Nevermore toca nessa faixa, Steve Brown do Trixter faz o solo de “The All New Generation”, Keri Kelli, que tocou com o Alice Cooper, faz o solo de “I Hate Kissing You Goodbye”. O disco está sendo produzido por Michael Raphael, do Jailhouse, que toca guitarra base em todo o disco. E quando voltarmos do Brasil vamos gravar mais umas duas músicas, incluindo “Put Out Or Get Out”, uma das minhas músicas antigas favoritas!

RockZone: Alguma mensagem final? 

Stevie: Nós temos que ir ensaiar agora no Brasil… bem, minhas palavras finais são: visitem www.metalsludge.tv , visitem www.tuffcds.com, encontrem-me e Todd no facebook e no myspace, tem vídeos noYouTube…twitter… usem as redes sociais, procurem por nós, nós estamos lá!!!!!

RockZone: Obrigado!

Stevie: E agradeço a todos os fãs do TUFF no Brasil, na Europa,na América, em todos os lugares, Obrigado.

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RockZone: Você pode falar sobre os primeiros dias da banda? As coisas boas, as coisas ruins… 

Todd: Bem, essa é uma ótima pergunta, irmão! As coisas boas: Foi a minha vida. O TUFF foi a minha vida desde quando eu era um adolescente, de muitas formas diferentes, e quando estávamos gravando o disco, talvez junto ao meu casamento, foi o melhor período da minha vida. Eu adorava os caras, as músicas, e mais do que isso, os fãs da banda. Nós tocamos em todo o mundo, e conhecemos, incluindo você, muitas e muitas pessoas maravilhosas. Sou muito grato e tenho muita sorte por ter tido o sucesso que tive. Não somos tão grandes como o Mötley Crüe ou o Poison, mas mesmo assim, em meu coração é como se eu fosse um rockstar, pelo amor que recebo das pessoas que gostam de nossa música. As coisas ruins: Quando eu era mais novo, lá pelos meus vinte e poucos anos, você sabe, sendo mais novo… eu tinha um ego muito grande, usava muitas drogas, bebia muita cerveja – eu ainda bebo muit cerveja. Mas me arrependo de algumas coisas, de como eu me portava, de como eu agia, talvez de como eu tratei alguns fãs naquela época, ou talvez da maneira que eu tenha tratado algumas garotas. Definitivamente de como meus parceiros de banda e eu interagíamos, quero dizer, lembro-me de Stevie e eu brigando em ensaios…coisas assim foram os pontos baixos, mas eles não são realmente importantes quando comparados aos bons tempos. São neles em que eu me foco, apenas estou feliz por estar de volta, e ainda mais feliz que estou com quase 45 anos, e as pessoas ainda querem vir ver a minha banda tocar, eles ainda gostam das músicas que escrevi há 20 anos atrás, e eu adoro ser parte do TUFF.

RockZone: Fale de sua saída da banda. 

Todd: Isso acontecia desde cedo, Stevie e eu brigando. Quando estou em uma banda, gosto de considerar os caras da banda na qual estou como irmãos. E como tenho sangue escocês em mim, Os escoceses são famosos por brigar, eu não gosto de brigar com meus irmãos. E Stevie e eu, ambos crescendo literalmente em uma banda de rock com um contrato e na estrada, se tornava difícil. O que aconteceu foi que nós gravamos “What Comes Around Goes Around”, tínhamos todas as músicas para o disco, e o selo resolveu lançar “I Hate Kissing You Goodbye”, que é uma ótima música, eu a adoro, mas o trato era lançar “I Hate Kissing You Goodbye”, e depois uma música mais rock, como talvez “The All New Generation” ou “Good Guys Wear Black”, e talvez depois “So Many Seasons”. Bem, o selo decidiu lançar “So Many Seasons” como o segundo single, e fora as brigas, isso me decepcionou bastante, pois eu não queria ser conhecido por estar em uma banda de baladas, e quando eles ficaram sabendo disso, que eu não queria que “So Many Seasons” fosse o segundo single, eles disseram que eu não tinha escolha. E eu disse “tenho sim, foda-se, estou fora!”. Paralelamente a isso, o TUFF era conhecido como uma banda glam, uma hair band, e eu realmente queria reconhecimento como músico. Meus irmãos – Greg (Chaisson, que tocou no Badlands), não por ser meu irmão, mas é o melhor baixista que já vi ou ouvi tocar na vida. Meu irmão Kenny (Chaisson, que tocou no Keel), também estava lá em cima, e eu queria um pouco desse reconhecimento também. O TUFF sempre era conhecido apenas por ser uma banda de caras bonitos, por ter cabelos longos, nós não éramos conhecidos por sermos bons músicos, e eu estava meio que sozinho buscando esse reconhecimento por ser um bom baixista, então eu saí do TUFF para formar o Substance D. Eu amo tanto o TUFF quanto o Substance D, que é o meu bebê, saca? Eu cresci ouvindo Accept, Iron Maiden, eu não cresci ouvindo New York Dolls ou Poison, ou qualquer outra banda glam que seja. Cresci ouvindo heavy metal, e eu queria ser conhecido como um talentoso baixista de heavy metal, e o Substance D, mesmo não tendo vendendo mais do que um punhado de discos, em meu coração, é a melhor coisa que já fiz. O que me arrependo um pouco é de não ter feito parte do TUFF por todos esses anos. Agora, sou um membro melhor para o TUFF, como resultado de ter saído e voltado, e o Substance D é o meu bebê querido, que amo muito. Adoro os caras da banda (o baterista do Substance D agora também é baterista do TUFF). E isso tudo é devido ao meu desejo de ser reconhecido, foi por isso que saí do TUFF.

RockZone: Como foi voltar a trabalhar com o Stevie Rachelle? 

Todd: Foi ótimo! Bem, eu adoro a banda. Nós não nos falamos por muito tempo, eu estava com raiva, eles estavam desapontados pore u ter deixado a banda da maneira que os deixei… Começamos a nos falar aos poucos, começamos a ter almoços e jantares, ele me perguntou uma ou duas vezes se eu voltaria a tocar com a banda e pensei “não, não quero voltar a fazer isso”, mas chegou uma hora, não sei bem quando, que mudei de idéia, e resolvi que queria voltar a fazer isso, voltar às minhas raízes, e nós tínhamos um show no México… então foi exatamente o que fizemos, voltei para a banda por causa desse show, e estou na banda desde então, talvez já faça uns 3 ou 4 anos.

RockZone: Você vê a possibilidade dos membros originais da banda voltarem a tocar com vocês?

Todd: Bem, seria ótimo, mas não vejo isso acontecendo. Quero dizer, eu nunca digo nunca, mas ninguém sabe ao certo onde Jorge está, e Michael é um empresário muito bem sucedido como Stevie disse, acho que ele não teria tempo para se dedicar à banda. Já eu, passo 27 horas por dia com música. Tudo o que faço é música, o TUFF é minha prioridade número um agora. Eu gostaria que eles voltassem, mas acho que isso não acontecerá.

RockZone: Qual a sua opinião sobre a morte de Jani Lani? 

Todd: É difícil para mim. Eu quase chorei quando você me contou, pois foi você quem me contou. Eu não diria que Jani e eu éramos amigos, mas conheci Jani em L.A. …. você sabe, nós curtíamos juntos, usávamos cocaína, bebíamos muita cerveja, íamos à festas juntos… Só tenho boas lembranças de Jani. Fiquei muito triste em ver sua queda, com o álcool, seu aumento de peso, tudo pelo que ele passou, mas eu não me importava com nada disso, o que me lembro é de curtir muito com ele em festas no Valley e de sermos camaradas. Estou profundamente triste com a sua morte.

RockZone: Fale sobre o futuro do TUFF e de seus outros projetos.

Todd: Vamos falar apenas sobre o futuro do TUFF. “What Comes Around Goes Around” novamente, é disso o que se trata. Refazer e, basicamente, regravar algumas músicas antigas do disco original, em comemoração de seu vigésimo aniversário, trazer algumas músicas que não entraram no disco na época… Se as coisas derem certo, talvez gravemos uma ou duas músicas novas, mas acho que o futuro agora é lançar o disco, voltar para a estrada para divulga-lo, e continuarei a fazer isso enquanto as pessoas continuem comprando ingressos para vir me ver.

RockZone: Muito obrigado!

Todd: Criss, obrigado, irmão.

By Criss Sexx

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