Entrevista com a BURNING STARS

Além, de depoimentos sobre shows, acho totalmente válido, ceder o espaço da minha coluna, para entrevistas com bandas emergentes, que batalham e correm atrás de um lugar ao sol, com muito suor e rock´n´roll na veia. Então, nada melhor do que começar com uma que vem crescendo no cenário underground do hard rock carioca, a Burning Stars. Confiram a entrevista que fiz com eles. Rock!

1 – Apresentem-se para a galera do Rock Zone! Digam seus respectivos nomes e a função na banda.

Mário: Mário Jacob Len – Vocalista.

Biel: Biel Rose – Baterista.

Phil: Phil Martin – Baixista.

Marcelo: Marcelo Vieira, também conhecido como DJ Meanstreet, guitarrista. E falta o Dan S.C., outro guitarrista.

2 – Como a banda surgiu?

Phil: Então… Eu já estava na luta com projetos de hard/glam desde 2007, quando começou a banda Silent Sins. Com toda a trajetória dela, eu percebi que era possível reunir um bom público e fazer músicas de qualidade. Porém, infelizmente, no começo de 2009, a banda se separou, deixando muito material bom e excelentes memórias.

Marcelo: Diante dessa ‘moda’ de shows acústicos pelos bares de temática rock no Rio, eu e o Mário decidimos ensaiar um repertório para tocar ao vivo, nesse esquema violão e voz. Mas aí surgiram Phil e Dan, recém saídos da Silent Sins e dispostos a montar uma nova banda e voltar para o circuito carioca. Unimos as duas idéias e, com a adição do Steven Nico (ex-baterista), formamos a banda em dezembro de 2009.

Phil: Como eu vi que não podia se perder tudo o que já tinha sido feito, resolvi procurar outros músicos e fazer uma nova banda.

Marcelo: Em fevereiro, o Dan teve que se afastar da banda por problemas pessoais e de saúde, aí realizamos testes para a vaga dele e diante do baixíssimo nível dos outros, escolhemos o Bruno De Biase, que por sua vez, saiu duas semanas após entrar. Consideramos seguir em frente com uma guitarra apenas, e fizemos nossa estréia nos palcos do Rio como um quarteto no evento Sunday Hard.

3 – Apesar do pouco tempo de estrada, a banda já sofreu uma mudança na bateria. Qual o motivo?

Marcelo: Depois do nosso show de estréia, começamos a nos avaliar com um nível maior de exigência. Sentimos que o Steven não estava acompanhando o nosso ritmo, não estávamos evoluindo na mesma proporção. Ele acabou saindo e optamos pelo Biel, que além de ser amigo nosso de longa data e baterista de mão cheia, já havia tocado com o Phil e com o Dan na Silent.

4 – Por que “Burning Stars”? Quem deu o nome?

Marcelo: Acho que estávamos nós cinco no msn (eu, Phil, Mário, Dan e Steven) atrás de um nome que sintetizasse todos os outros. O lance do fogo era algo que quase todos tinham em comum, hard rock incendiário! (risos)

Mário: eu acrecentei o “Stars”.

Phil: Estrelas estão no céu, onde todos podem ver. Também é uma palavra muito utilizada para descrever pessoas que chegam ao topo. Exemplo: Rockstar. E “queimando”, porque o mesmo fogo que nós temos no rock and roll, é algo que nós passamos através do nosso som e dos nossos shows.

5 – Quais as principais influências? Musicais, visuais e performáticas.

Marcelo: Cada um tem suas influências. O mais maneiro é que a gente consegue incorporar um pouquinho de cada uma delas tanto no som quanto nas apresentações.

Biel: Somos conhecidos como o Ratt carioca. (risos) Palavras de Renata Roxy (DJ de de festas rockers do Rio).

Phil: Nosso som varia dentro das vertentes do Hard, conseguindo mesclar bandas que vão desde o Glam como o Poison, até o Hard mais melódico e o AOR.

Marcelo: O Biel traz a coisa do AOR, do rock de arena e do soft rock, o Dan e o Phil são hard estilo anos 80 e sleaze total, o Mário é mais ligado ao metal, em especial ao Queensrÿche.

Phil: Isso tudo visando um show que não deixe ninguém ficar parado.

Marcelo: Tanto que no nosso repertório de covers, tem AOR (H.e.a.t.), hard estilo anos 80 (Poison, Skid Row, etc.) e Queensrÿche.

6 – Dentre os shows que já fizeram, qual foi o mais marcante?

Marcelo: Heavy Duty!

Biel: HD, sem dúvidas.

Phil Martin: Com certeza foi o show do Heavy Duty.

Marcelo: Biel não tem como ter dúvidas. (risos)

Mário: HD!

Biel: Que contou com a ilustre participação de Thie Lion!

Phil: Além da bebida liberada, o público estava realmente insano naquele dia, então para mim, eu resumo não só como o melhor da Burning Stars, mas como o melhor show que eu já fiz em toda a minha carreira.

Marcelo: Nisso eu concordo com o Phil, o ambiente inspirava um show foda, e foi o que fizemos.

Mário: A gente agitou de verdade. Não desmerecendo a Wild Dream (banda que tocou antes), mas nosso show foi muito foda!

7 – Como está o processo de composição de músicas próprias? Quando poderemos conferir algum som de vocês?

Marcelo: Estamos trabalhando em cima de canções escritas na época da Silent e na época da Mafia (minha antiga banda), além de estarmos compondo juntos num ritmo, eu diria, acelerado. Em breve, estaremos lançando nosso material autoral na web para que todos possam conferir e cantar junto nos shows.

Phil: Já para o próximo show, devem sair umas 3 músicas de nossa autoria e ainda no segundo semestre de 2010, o nosso myspace deve estar no ar.

8 – Como analisam o cenário rock de uma maneira geral? Quais as pretensões da banda?

Mário: Muito decadente. O hard rock é um estilo que tem tudo para crescer, mas por falta de visibilidade e iniciativa, não é levado às grandes mídias.

Phil: O underground carioca anda muito caído, o que talvez seja uma situação no país todo. Porém, a Burning Stars tem a intenção de levar esse cenário de volta à mídia no mundo inteiro.

Marcelo: Rock no Brasil é que nem samba na Suécia. (risos) Por mais surreal que possa parecer, o hard rock tem potencial para voltar à mídia. São muitas bandas fazendo som de qualidade, investindo pra valer nisso, trabalhando com paixão e dedicação. A gente está fazendo o nosso, porque acredita em resultados no futuro. Por enquanto, é ralação, grana curta, etc. Só suor, mas a gente não desanima.

Biel: O Hard Rock tem mostrado que tem força para se reerguer. Não digo que será como nos anos 80, e começo de 90, mas já vem demonstrando que pode sim, trazer de volta toda aquela emoção que outrora encheu estádios. Aqui no Brasil é meio complicado, principalmente pela falta de espaço e pela “cultura” nacional, mas visualizando algo maior e percebendo a força do Hard em terras européias, estamos fazendo o nosso trabalho com dedicação, carinho, paixão, e temos certeza de que todo esse “sofrimento” de início de carreira, será recompensado no futuro.

9 – Rolam boatos que vocês abrirão um grande show internacional no Brasil. Vocês podem revelar qual banda é? Qual a importância disso para vocês?

Marcelo: Estamos cotados para abrir o show do Crashdiet, em outubro, aqui no Rio. Não tem nem como medir a importância disso. O Crashdiet é uma banda na qual a gente se espelha muito, visto que ralaram pra caramba no início e despontaram para o estrelato internacional, merecidamente, certo tempo depois. Mais do que uma oportunidade e tanto para expor o nosso trabalho, é a realização de um sonho para nós cinco.

10 – Mandem um recado final para os leitores do Rock Zone!

Biel: Agradecemos a oportunidade de mostrar um pouco da história da Burning Stars. Fiquem atentos, pois ainda vão ouvir falar muito de nós, seja nos palcos, ou nos noticiários policiais. (risos) Continuem lendo o Rock Zone, e Rock On!

Marcelo: Quero agradecer ao Rock Zone pelo espaço, e convidar os leitores a ficarem ligados, pois muitas novidades ainda vêm por aí!

Mário: Estamos trabalhando duro para oferecer o melhor pra vocês! (risos) Fiquem no aguardo das músicas próprias, vocês não vão se arrepender. Valeu!

Phil: A Burning Stars é uma banda que está chegando para causar choque e mais do que tudo, chegando pra ficar. Aguardem, pois estamos preparando muita coisa boa para vocês. Em breve, Burning Stars levando toda a força do hard rock até você! Keep On Rockin’!

By Thiê

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