DIA DO METAL – Rock In Rio, RJ (25/09/2011)

Alucinante! Surreal! Incrível! Épico! Esses e outros adjetivos são pouco para definir o que foi o dia do Metal, no Rock in Rio. Dos três primeiros dias de festival, este com certeza era o mais esperado pelo público, já que era o único realmente ROCK, e tudo estava conspirando para ser um dia inesquecível. Para começar, não choveu, ao contrário do que a previsão do tempo disse. O line-up tanto das atrações principais, quanto do palco Sunset estavam muito bons, com algumas exceções.

Às 14h, o Matanza abriu os trabalhos no Sunset juntamente com o cantor B-Negão, para delírio da plateia que já lotava a Cidade do Rock. Logo depois, entrou o Korzus que recebeu diversos convidados do punk rock nacional e internacional, como East Bay Ray, do Dead Kennedys, Mike Clark, do Suicidal Tendencies e ainda João Gordo, que criticou a produção do Rock in Rio por dar mais atenção e prioridade às bandas gringas do que as daqui. O terceiro show do palco Sunset ficou por conta do encontro do Angra com Tarja Turunen, ex-vocalista do Nightwish, que lotaram tanto o espaço que até os brinquedos que normalmente tem filas grandes ficaram vazias.

Mas o melhor ficou para o final. Entrando praticamente junto ao primeiro show do palco Mundo, do Glória (que pouca gente queria ver), o Sepultura fez uma apresentação monumental junto com o grupo Tambour Du Bronx, deixando pequeno o palco reservado a uma banda idolatrada no mundo inteiro. Os organizadores do Rock in Rio deveriam pensar melhor na hora de fazer um set onde uma banda desconhecida do grande público (Glória) toca no palco principal e deixam uma banda como o Sepultura, no palco secundário.
Enquanto o palco Sunset se despediu do Sepultura, o Coheed and Cambria entrou em ação no palco Mundo. Além de uma apresentação interessante, o cabelo estilo Valderrama do vocalista da banda foi o grande destaque.

Só que as 100 mil pessoas queriam mesmo ver eram os três últimos show do Motörhead, Slipknot e Metallica. Os lendários do Motörhead mostraram que ainda tem muitos anos de carreira pela frente e justificaram com muito rock pesado porque estão há mais de 30 anos na estrada. A banda inglesa liderada por Lemmy Kilmister tocou músicas como Rock Out e Ace of Spades, que levou o público ao delírio.

Mas o que já estava bom, ficou melhor. Muito melhor. O Slipknot entrou para fazer o que já está sendo considerado (e com razão!) o melhor show do Rock in Rio até agora. Com um show de luzes, efeitos especiais e muita força, o grupo de Iowa, liderado por Corey Taylor (que tocou um dia antes com o Stone Sour), colocou fogo na Cidade do Rock. Pulse of the Maggots, Before I Forget, 555 = 666, Blister Exists e Wait and Bleed foram uma das músicas do repertório que enlouqueceu a plateia.

Porém, os momentos mais marcantes do show dos mascarados foram em Duality e Spit it Out. Na primeira música, cantada por todos, um dos integrantes deu um super mosh do alto do palco, o que deu mais emoção ainda ao show. Já em Spit it Out, Corey Taylor mandou que todos se abaixassem, para em seguida mandar todo mundo pular. No fim, a bateria voou, outros moshs aconteceram e o Slipknot deixou o palco e vai ficar marcado na história e na memória do festival.

Para fechar a noite, o Metallica entrou para fazer um show sensacional como já era esperado. Durante as mais de duas horas de apresentação, a banda tocou sucessos de álbuns como “Master of Puppets” e “Death Magnetic”. A banda encerrou sua apresentação com a música mais aguardada, Seek and Destroy, depois de dois Bis. Parecia que o vocalista James Hetfield não queria ir embora.

O aperto, as horas em pé e o cansaço valeram a pena. Quem foi com certeza nunca irá esquecer a noite de 25 de setembro de 2011, o melhor dia do Rock in Rio.

Texto: Rodrigo Miguez
Fotos: Getty Images
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