Colligere apresenta a rápida e direta “Luz e Sombra”
Após o retorno com ‘Lugar Algum’, o quinteto hardcore punk Colligere apresenta ‘Luz e Sombra’, o segundo single desta fase. Trata-se da música mais rápida e direta do álbum que vai sacramentar a reativação em definitivo da banda curitibana, cuja data de lançamento será anunciada em breve. Ouça aqui.
Luz e Sombra é mais um lançamento da Flecha Discos, com produção de Gabriel Zander e Cyro Sampaio, com apoio da Powerline Music & Books.
Intensa do início ao fim, o single mostra um Colligere sempre preocupado com trabalho minucioso de riffs, dinâmicas e melodias, com destaque ao elementos bastante peculiares acrescentados pelo novo baterista Tiago Barbosa.
Brunno Covello (guitarra), Gabriel Covello (baixo), Artur Roman (guitarra) e Rodrigo Ponce (vocal) completam o Colligere. Luz e Sombra tem um instrumental com menos variação de tempo do que as habituais composições da banda, geralmente que exaltam variação de dinâmica mais pra baixo, diminuindo e voltando. “Nessa mantemos o tempo todo lá em cima, para manter a energia, um hardcore old school moderno”, define Brunno Covello.
A letra é de Ponce. Faz uma pertinente e urgente crítica ao mundo virtual tão vivido nos dias de hoje, uma quase doença em relação à busca – não raramente inerte – pela interação virtual, além da nociva expectativa de likes.
A inspiração da letra, conta o vocalista, foi o documentário e livro Dilema das Redes, de Jeff Orlowski, e o livro Cypherpunks – Liberdade e o Futuro da Internet, de Julian Assange. Ambos abordam o aspecto ‘viciante’ das redes sociais’ e o controle dos dados dos usuários que circulam nestes aplicativos, tido como o novo petróleo para a máquina do mercado. “Usa nossa própria força para nos aprisionar”, ressalta.
Reconhecimento facial e identificação de dados que traçam perfis também são debatidos na música, com nos versos ‘algo no olhar que só pode ser visto por outro alguém’. “As máquinas fazem tudo isso, mas só outra pessoa, com o contato, pode saber quem você é, e esse contato que tanto é raro hoje”, questiona Ponce.
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FONTE: Tedesco Mídia