Carrossel Diabólico concede entrevista sobre realização de novo videoclipe

Produtor e banda explicam sobre o que há por trás da produção de Nuvens/Sucumbir.

Como surgiu a proposta de trabalhar neste novo videoclipe?

Gabriel: As músicas ‘Nuvens’ e ‘Sucumbir’ fazem parte do EP ‘Prece’, composto por essas duas faixas e mais a faixa título. O EP foi lançado no final do ano de 2020, e antes, no meio do ano, saiu o single ‘Prece’, gravado (áudio e vídeo) para a ‘Coletânea Trilha Hub Cultural Vol.1’. Então, para esse ano de 2021 nos organizamos para lançar o clipe ‘Nuvens/Sucumbir’, que são as músicas do EP que não tinham vídeo.

Quando surgiu essa parceria com o Celso Zanini ?

Gabriel: Conheço o Celso há muito tempo, desde os shows das nossas primeiras bandas na cena rocker de Porto Alegre. Chegamos a tocar juntos em um projeto de Rockabilly no início dos anos 2010. O Carrossel Diabólico já dividiu o palco com a banda Creepy Tower, um dos seus projetos atuais. Além de músico, o Celso é ator e videomaker (fez clipes das bandas Blues da Casa Torta, Tom Zynski, entre outras bandas do RS) e eu acabei produzindo as gravações das trilhas do Grupo Cerco, grupo teatral que ele faz parte. Então o convite para ele dirigir o clipe de ‘Nuvens/Sucumbir’ veio naturalmente.

Falem sobre a temática abordada em Nuvens/Sucumbir.

Celso: O clipe mostra através de um simbolismo alquímico e uma linguagem experimental a jornada de um personagem que acontece em um mundo de solidão devastado e doente. Essa viagem entre estados alterados de consciência, morte e renascimento levam o personagem até as profundezas para depois retornar em busca de algo que pode ser a busca de todos nós.

Cachaça: O Celso foi muito feliz em sua abordagem. Colocando um personagem atordoado por respostas e também perguntas, do porquê do fim do mundo ou talvez só do fim de sua vida.

O que buscavam traduzir com esse registro audiovisual?

Gabriel: Buscamos traduzir em imagens o som do Carrossel Diabólico e o momento atual que vivemos.

Celso: A jornada que o personagem faz nesse vídeo clipe de Nuvens/Sucumbir é a jornada que eu fiz e faço todos os dias. É a jornada que o Carrossel Diabólico faz. E provavelmente a sua também!

Falem um pouco de como foi rodar ele em meio a pandemia, e como optaram pela locação ser em Portugal?

Celso: A realização deste clipe foi um grande desafio. Em plena pandemia, a nossa ideia era conseguir aproveitar os ambientes vazios de Almada, uma cidade de Portugal na margem sul do rio Tejo. O Concelho de Almada (como se diz por aqui) tem diversos ambientes com um ar já meio pós apocalíptico, com muitas ruínas e uma beleza devastada de partes da Marinha ou de outros prédios que ainda esperam restauração. Com a pandemia, os locais parecem ainda mais melancólicos e abandonados, daí a ideia de usar esse cenário próximo de minha casa em Portugal em um clipe da Carrossel Diabólico. Por ser também o período de isolamento social, nós optamos por eu mesmo (que sou roteirista, diretor e editor do clipe) ser também o protagonista. Com isso tínhamos um grande desafio! Depois, com as normas de confinamento restringindo até mesmo o meu deslocamento solitário, tivemos vários atrasos e remarcações. Mas no fim, conseguimos expor, exprimir, expurgar a nossa ideia, os nossos sentimentos!

Gabriel: A locação das cenas da banda foi o Porão da Gringa, espaço onde o Carrossel Diabólico ensaia e fez as captações de áudio dos trabalhos lançados até aqui. A tecnologia nos ajudou na realização das filmagens, fizemos uma vídeo chamada com o Celso e ele foi nos dirigindo, indicando os planos e a iluminação que ele queria.

Quanto tempo durou essa produção até a data do seu lançamento?

Gabriel: A produção do clipe durou em torno de seis meses. A pandemia e seus desdobramentos atrasaram um pouco o cronograma.

Qual a opinião após o trabalho terminado?

Cachaça: O trabalho ficou incrível, depois de algumas reuniões para darmos um norte para essa produção. O trabalho tá impecável. Somos suspeitos… Por isso a ansiedade em lançar e termos uma resposta dos ouvintes telespectadores.

Gabriel: Foi um trabalho de “guerrilha”, sem super produções, mas foi feito de sangue e suor. Fizemos um belo trabalho, acredito que o Celso soube traduzir bem em imagens o clima das músicas.

Quais os planos breves?

Cachaça: Com esse clipe damos uma sobrevida ao nosso EP mais recente, “Prece”, lançado em dezembro de 2020. Vamos continuar promovendo esse produto durante 2021.Estamos em estúdio trabalhando material novo,e preparando um show para pegar a estrada quando as coisas normalizarem.

Gabriel: Seguimos trabalhando em composições novos e sedentos para cair na estrada novamente!

FONTE: GMF Assessoria

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