Benjamim Saga lança o documentário e making of de “Mar e Pólvora”

Os hiperprodutivos do Benjamim Saga não param! O projeto de Dejair Benjamim (da clássica banda de heavy metal Tchandala) lançou neste mês de janeiro o documentário e making of do single ‘Mar e Pólvora’.

A música, baseada nos ataques do Submarino U-507 ao litoral sergipano em 1942, durante a 2ª Guerra Mundial, foi lançada em outubro de 2021 e é uma parceria com grandes nomes do rock sergipano. Confira abaixo.

Dejair conta que a ideia de criar uma música para o fato histórico surgiu há muitos anos, quando ouviu sobre ele pela primeira vez.

“Tiveram vários torpedeamentos na costa nordestina e na costa sergipana foram atacados três embarcações comerciais, onde tinham mulheres, crianças e foi um massacre. Tem diversas versões da causa do torpedeamento e eu sempre quis contar um pouco a história da gente, do povo sergipano. E eu estava procurando pessoas que soubessem da história.”

O “Documentário e Making Off – Mar e Pólvora” tem 47 minutos de duração, com o fato contado por historiadores, e a participação dos músicos convidados para o single e Dona Maria Andrea de Almeida, uma sobrevivente do torpedeamento.

Foi durante uma dessas pesquisas que Dejair encontrou Maria Andrea. Ela nasceu em Aracajú, capital de Sergipe, em 9 de julho de 1934, e foi enviada pela bisavó em uma embarcação (Aragipe) ainda criança para Ilhéus, cidade do interior da Bahia, para ser criada pelos tios Uagir e Bernadete.

Maria Andrea viajou sob os cuidados do comandante Manoel Balbino aos 8 anos de idade.

“Na viagem, o país estava em guerra, e em um momento tocavam os sinos do navio, todo mundo correndo e colocando coletes salva vida. E o senhor Balbino, que era o meu responsável, também colocou o colete em mim e me colocou no colo. Eu muito criança não entendia o que era aquilo, mas percebi todo mundo olhando o mar e vi no oceano um ‘telescópio’, que na época eu não sabia o que era. De repente foi cessando o alvoroço, as pessoas foram se acalmando e logo depois chegamos em Ilhéus. Anos depois, foi relatado num livro de João Baroni, que foi um submarino… Eles [tripulação do submarino] acharam a embarcação muito pequena e sem valor e não torpedeou e seguiu adiante.. mas em Valença (Bahia), torpedeou um navio grande onde o Aragipe (navio) salvou muita gente. Mais de cem pessoas foram salvas pela nossa embarcação.”

FONTE: Tedesco Mídia

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