Banda Selvagens à Procura de Lei constrói ‘Paraíso portátil’ com rock de pegada pop

Aos 10 anos de vida, completados em 2019, a banda cearense Selvagens à Procura de Lei parece decidida a esboçar uma virada estética a cada disco. Quarto álbum gravado em estúdio pelo quarteto, Paraíso portátil se distancia da onda extrovertida de brasilidade que veio dar no antecessor álbum de estúdio Praieiro (2016).

Sob a batuta de Paul Ralphes, produtor musical do disco gravado em abril deste ano de 2019, Rafael Martins (voz, guitarra e piano), Gabriel Aragão (voz, guitarra e teclados), Caio Evangelista (baixo e synths) e Nicholas Magalhães (voz e bateria) fazem rock com o verniz do pop contemporâneo.

Essa pegada pop – polida com a habitual habilidade por Ralphes – é harmonizada nas 11 faixas de Paraíso portátil com um clima introspectivo e um sutil ar psicodélico, traduzido na arte da capa do álbum (criada por Acidum Project) e nas atuais fotos promocionais do grupo, feitas por Igor de Melo.

Nessa estética sonora, sons de sintetizadores ganham proeminência sem abafar os toques das guitarras no álbum, como sinaliza a arquitetura sintética da faixa Sonhos.

Estado natal da banda, o Ceará é evocado tanto nas imagens do clipe gerado por Intuição – música cantada pelo baterista e vocalista Nicholas Magalhães – quanto na sonoridade de Sede ao pote, composição interpretada em falsete por Rafael Martins. Déjá vu marca a estreia do baixista Caio Evangelista como vocalista.

Exemplo da busca dos músicos por temas mais profundos, Eu não sou desse mundo versa sobre depressão e suicídio na letra escrita por Gabriel Aragão.

Aberto por Sem você eu não presto, o álbum Paraíso portátil contabiliza onze músicas inéditas no repertório inteiramente autoral.

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